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Fundação SOS Mata Atlântica participará da 26ª Conferência da Organização Unidas sobre Mudanças Climáticas

Após o adiamento por conta da pandemia de Covid-19, a próxima edição da principal cúpula da ONU sobre clima terá início dia 31 de outubro, na Escócia

28 de outubro de 2021

A próxima edição da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-26) acontecerá entre os dias 31 de outubro e 12 de novembro, reunindo representantes públicos, instituições do terceiro setor, a sociedade civil e outras partes interessadas. O encontro é o maior espaço para que lideranças de todo o mundo debatam sobre aquecimento global, as possíveis ações de redução de emissões e sobre as metas para combate ao problema.

Entendendo que a conservação de áreas naturais e a restauração de ambientais são soluções efetivas a longo prazo para frear os eventos climáticos extremos, a Fundação SOS Mata Atlântica participará do evento tentando viabilizar estratégicas e debates que considerem o patrimônio natural da Mata Atlântica como parte fundamental do enfrentamento às mudanças climáticas.

Registro da COP 25 realizada em 2019, em Madri. Foto: Adam Guz / KPRM

 

As principais expectativas para o evento

 

Uma das maiores ambições para a COP 26 é que os governos assumam compromissos ainda mais robustos para redução das emissões de gases de efeito estufa. Há seis anos, as lideranças concordaram, por meio do Acordo de Paris, em trabalhar para limitar o aquecimento global ao máximo de 1,5ºC, tentando assim evitar consequências mais danosas das mudanças climáticas a médio e longo prazo.

Embora muitos países estejam levando metas ousadas ao evento, outros têm assumido uma postura pouco ambiciosa ao compromisso coletivo – sendo o Brasil um desses. “O Brasil chega à COP com uma NDC que viola os princípios do Acordo de Paris, pois sua meta ao invés de progredir, regrediu e permite aumento das emissões no país. Portanto, o país está na contramão do esperado para as vésperas do evento”, afirmou Luis Fernando Guedes Pinto, Diretor de Conhecimento da SOS Mata Atlântica.

Para garantir efetividade desses acordos, há uma intenção de grandes lideranças provocarem o desenvolvimento de estratégias de longo prazo, mas com a revisão regular, o que forneceria um clima mais propício para negociações internacionais.

A posição do Brasil nos diálogos da COP 26

O Brasil é considerado uma peça-chave no debate sobre as mudanças climáticas. É um dos maiores emissores de GEE do mundo – atualmente, está em sexto lugar em emissões e é o quarto maior em emissões históricas. Então, tem papel importante na redução de emissões, apesar de ainda ser um país em desenvolvimento com desafios para redução de pobreza. No entanto, há dúvidas consideráveis sobre a responsabilidade do país frente a novos compromissos e a disponibilidade política para assumir metas realmente ambiciosas.

O Brasil passa por um processo de desmonte de órgãos de proteção ambiental, favorecimento de setores extrativistas, desconstrução de políticas ambientalistas e de aumento desenfreado de ameaças, como o desmatamento e queimadas – responsáveis pelo elevado acréscimo de emissões de gases de efeito estufa no Brasil, mesmo em um período pandêmico.

Mesmo sabendo que a tendência da representação brasileira é manter um discurso pouco aderente e sem muita responsabilidade, importantes lideranças no país que incluem empresários e representantes do terceiro setor e da sociedade civil estarão no evento a fim de pressionar por um compromisso que coloque o país no justo patamar de suas riquezas naturais.

O papel que a SOS Mata Atlântica assumirá na COP

Mata Atlântica, sul do Brasi. Foto: Douglas Scortegagna

A Fundação SOS Mata Atlântica enviará dois representantes para a COP 26, Mário Mantovani, responsável pelo Advocacy da ONG, e Luis Fernando Guedes Pinto, diretor de Conhecimento. Durante o evento será lançado um estudo inédito sobre as emissões de gases de efeito estufa na Mata Atlântica e, junto a outras instituições, acompanharemos as discussões e eventos com o propósito de trazer soluções efetivas no combate às mudanças climáticas no Brasil.

Há uma forte tendência do debate envolvendo ações no país se concentrarem em torno da Amazônia. O nosso principal objetivo será demonstrar que, enquanto o bioma amazônico deve ter suas áreas mantidas (com a contenção do desmatamento, principalmente), a Mata Atlântica apresenta um rico potencial em restauração da floresta. Atualmente, mais de 80% das áreas de cobertura original de Mata Atlântica foram destruídas, no entanto cerca de 72% da população brasileira depende de serviços fundamentais à sadia qualidade de vida oriundos deste bioma – como água, regulação climática, fornecimento de alimentos, lazer, entre outros.

 

Imagem principal: Divulgação COP26

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