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Os principais ciclos econômicos da história brasileira seguiram um modelo obsoleto e predatório de crescimento por expansão territorial e desmatamento. Da exploração do pau-brasil até a industrialização das cidades, esse modelo esteve presente, começando pelo litoral e acabando com quase 90% da área original da Mata Atlântica. A floresta nativa agora precisa ser restaurada, para proteger a riqueza de vida e importantes serviços ambientais, como a regulação do clima e purificação do ar. Restauração Florestal é o esforço de resgatar a floresta que originalmente existia em uma área, de recompor uma floresta nativa. A recomposição deve priorizar sobretudo as áreas de nascentes, mananciais e a mata ciliar nas margens dos rios, para diminuir riscos de desabastecimento de água nas cidades brasileiras.

Saiba mais sobre as iniciativas da Fundação para recuperar florestas

CRITÉRIOS

A restauração é uma tentativa de retornar o ecossistema à sua trajetória histórica. Portanto, as condições históricas são o ponto de partida ideal para o planejamento da restauração. Esse trabalho é importante por recuperar os serviços ecossistêmicos naturais que uma floresta provê, como ajudar na regulação do clima, na qualidade e quantidade de água, na purificação do ar, na agricultura, na manutenção da biodiversidade que a floresta abriga, entre outras importantes funções.

Para ser bem-sucedida, uma restauração florestal depende de vários fatores, como o preparo adequado da terra, o plantio correto, a distribuição equilibrada de espécies. Tudo isso contribui para a manutenção da área restaurada.

A seleção estratégica das áreas de plantio é outro fator estratégico para o sucesso de uma restauração florestal.

Metas e Acordos de Restauração

O Brasil assinou compromissos internacionais de recuperação das florestas, aderiu ao Desafio de Bonn e à Iniciativa 20×20.

No Acordo de Paris sobre mudanças climáticas, incluiu como meta restaurar 12 milhões de hectares de florestas e implementar 5 milhões de hectares de sistemas com integração entre lavoura, pecuária e floresta até 2030, além de recuperar mais de 5 milhões de pastagens degradadas até 2020.

Com apenas 12,4% da vegetação original, a Mata Atlântica é o bioma que mais deve ser beneficiado por esta meta de restauração.

Apoie a Recuperação das Florestas

A população pode contribuir para a recuperação das florestas. É preciso acompanhar e cobrar o poder público para fortalecer e cumprir as políticas públicas, coibir o desmatamento, estimular a implementação de alguns dos instrumentos da Lei do Código Florestal (12.651/12) e contribuir com o cumprimento das metas internacionais.

A ação coletiva também pode engajar instituições privadas, proprietários de terra e sociedade civil com estes objetivos e visando o apoio a projetos e instituições que promovam a restauração florestal.

O uso da restauração florestal para neutralização de carbono é um dos benefícios, contribuindo para uma agenda climática global, a exemplo do projeto Florestas do Futuro da Fundação SOS Mata Atlântica.

Tudo o que fazemos causa algum tipo de impacto no planeta.

Alguns impactos são maiores e contribuem com a emissão de gases do efeito estufa (GEE) e com o aquecimento global.

Dimensionar a quantidade desse impacto e buscar uma maneira de neutralizá-lo é o objetivo da chamada compensação (ou neutralização) de carbono.

Na prática, estima-se quanto uma empresa, por exemplo, lançou de gases de efeito estufa na atmosfera. Então, calcula-se quantas árvores ela precisa plantar para compensar esse impacto.

COMO FUNCIONA

A neutralização é possível porque as plantas absorvem dióxido de carbono ou gás carbônico (CO2) e liberam oxigênio na atmosfera, em seus processos vitais. O CO2 é o principal poluente entre os gases de efeito estufa.

As mudas utilizadas normalmente são de espécies nativas do bioma da região, como a Mata Atlântica. É preciso que a área do plantio tenha alguma relevância ecológica, por exemplo, abrigue espécies ameaçadas, e/ou contribua para serviços ecossistêmicos, ou seja, influenciando de forma positiva na qualidade da água, clima, paisagem, saúde humana, entre outros.

Durante o processo de neutralização, o carbono absorvido é fixado em toda a árvore: troncos, galhos, folhas e raízes. Ele só volta à atmosfera novamente caso a árvore seja queimada ou se decomponha naturalmente.

PEGADA ECOLÓGICA

A Pegada Ecológica mede a quantidade de recursos naturais e energéticos necessários para gerar bens produtos e serviços que sustentam o estilo de vida de uma pessoa, grupo ou sociedade. A pegada ecológica é atualmente usada ao redor do mundo como um indicador de sustentabilidade ambiental.

Alguns sites como o da Fundação SOS Mata Atlântica (Projeto Florestas do Futuro), o Pegada Ecológica do WWF-Brasil, o portal o Eco e o site da ONG Iniciativa Verde ajudam a calcular esse número de emissões de carbono.

Neles, dá para termos uma ideia de quantas árvores cada um de nós precisaria plantar. O resultado é com base no estilo de vida, no que fazemos e no que consumimos.

Organizações como a Fundação SOS Mata Atlântica e o Instituto Totum também oferecem oportunidade para empresas e eventos que querem reduzir seus impactos através do plantio de árvores.

Sem florestas, não há água

As florestas têm importância crucial no ciclo e nas reservas da água.

A copa das árvores e a camada de matéria orgânica do solo desempenham papel fundamental no processo de infiltração da água, contribuindo para o abastecimento e manutenção dos aquíferos e lençóis freáticos.

Uma boa cobertura florestal também protege o solo e evita o processo de erosão, de carregamento de sedimentos e enchentes.

Matas Ciliares

Os conjuntos de vegetação à beira dos rios, córregos e nascentes são chamados de matas ciliares. Como nossos cílios, as matas ciliares atuam como barreiras e filtros, protegendo rios, córregos e nascentes, impedindo que a terra, sedimentos e lixo sejam carregados pela chuva, vento e outros fatores até os corpos d’água, e evitando o chamado “assoreamento”. Sem essa proteção, a água fica ameaçada, pois ocorre uma espécie de “aterramento” dos rios.

ASSOREAMENTO

Assoreamento é o processo em que há o acúmulo de detritos, lixo, entulho, sedimentos ou outros materiais no leito de rios e em nascentes. Esse acúmulo interfere na topografia e no fundo de rios e lagoas, comprometendo seu volume hídrico e provocando transbordamento em épocas de grande quantidade de chuvas, dentre outros problemas.

A existência de matas preservadas no entorno dos corpos d’água reduz este fenômeno.

As matas ciliares também atuam como filtros ajudando a reter e retirar da água impurezas e agentes tóxicos como poluentes, lixo, pesticidas e herbicidas usados na agricultura.

DESMATAMENTO = CRISE HÍDRICA

Sem florestas, torna-se impossível manter os recursos hídricos para abastecimento das cidades, onde vive a maioria da população.

Por essa razão, o desmatamento é uma das causas principais da crise hídrica que já se abate sobre diversas cidades brasileiras e do solo tornar-se improdutivo para a produção de alimentos.

As propriedades rurais também têm papel importante no que diz respeito à água, pois é nelas que ainda estão preservados as nascentes, riachos, rios e outros reservatórios deste líquido vital.

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