Localizado na Vila de Serra Grande, no município de Uruçuca, o viveiro irá colaborar com a restauração florestal do Parque Estadual da Serra do Conduru e funcionará como um centro de aprendizagem
A Fundação SOS Mata Atlântica em parceria com o Instituto Floresta Viva inaugurou no dia 21 de abril, na Vila de Serra Grande (Uruçuca – BA), um viveiro comunitário com capacidade para produzir 100 mil mudas por safra de espécies nativas da Mata Atlântica, numa área de 10 mil metros quadrados. Com patrocínio do Bradesco Cartões, esta iniciativa prevê a produção e o plantio de mais de 120 espécies, entre elas biriba, pati, conduru, guanandi, em áreas prioritárias para a restauração da Mata Atlântica, como o Parque Estadual da Serra do Conduru.
Cerca de 50 trabalhadores serão envolvidos nas atividades do viveiro, desde a equipe técnica até os funcionários de campo, a maioria da própria comunidade “Além de aliar conservação ambiental e o desenvolvimento regional, por meio da geração de trabalho e renda, este projeto consolida a iniciativa da SOS Mata Atlântica de expandir suas atividades para além dos limites de São Paulo com foco em parcerias e áreas estratégicas para a conservação da biodiversidade e recursos naturais”, explica Ludmila Pugliese, gerente de Restauração Florestal da SOS Mata Atlântica.
A inauguração do viveiro contou com a presença de representantes de organizações ambientais, iniciativa privada, governo, educadores, estudantes, produtores rurais, líderes comunitários e pesquisadores. “Esta região tem uma peculiaridade que é a grande presença de espécies nativas em bom estado de conservação com alta biodiversidade. A propriedade na qual o viveiro está instalado apresenta boas condições de logística, água, luz e está próxima das áreas de restauração”, comenta Rui Rocha, diretor do Instituto Floresta Viva.
O viveiro está localizado na Área de Proteção Ambiental (APA) de Itacaré Serra Grande e funcionará como um centro de educação sobre a Mata Atlântica, um espaço de aprendizagem para aqueles que queiram aprender sobre o bioma mais ameaçado do País. “A flora da região é muito rica e a gente conhece pouco. Com esse viveiro poderemos não só ensinar, mas também aprender mais sobre ela. Por isso, estamos chamando esse viveiro de Espaço Aprendiz Floresta Viva”, explica Rocha.
O viveiro faz parte do Florestas do Futuro, uma iniciativa da SOS Mata Atlântica, que tem como objetivo a recuperação e proteção de matas ciliares. O programa já contabiliza 2 milhões de mudas plantadas e tem como meta atingir 4 milhões de unidades até o final de 2009. A Fundação possui viveiros comunitários implantados em Piracicaba (SP), Campinas (SP) e também mantém o Centro de Experimentos Florestais SOS Mata Atlântica – Grupo Schincariol, em Itu (SP).