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MapBiomas Alerta permite rapidez e eficácia no monitoramento e responsabilização do desmatamento no Brasil

10 de junho de 2019

Com informações precisas, MapBiomas Alerta irá gerar documentação similar aos autos de infração de trânsito com imagens da placa veículo, contribuindo com as ações dos órgãos usuários do sistema

Nesta sexta-feira (7), é lançado o projeto MapBiomas Alerta, um sistema de validação e refinamento de alertas de desmatamento de vegetação nativa em todos os biomas brasileiros, com imagens de alta resolução. A plataforma estará disponível via internet de forma publica e gratuita para subsidiar o monitoramento ambiental e as ações de prevenção e combate ao desmatamento ilegal.

A Fundação SOS Mata Atlântica faz parte da rede MapBiomas e coordena os temas relacionados à Mata Atlântica junto com a ArcPlan. Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da ONG acompanha o evento de lançamento do sistema de alertas.

Com informações detalhadas e validadas, os alertas gerados pelo sistema podem ser usados pelos órgãos responsáveis pela fiscalização e proteção de áreas ambientais com mais eficácia e rapidez para coibir o desmatamento ilegal e diminuir a impunidade por crimes ao meio ambiente.

Cada alerta é checado e delimitado de forma precisa, e é gerado um laudo onde são identificadas imagens de antes e depois do desmatamento, os cruzamentos com áreas do Cadastro Ambiental Rural (CAR), Cadastro Nacional de Unidades de Conservação (CNUC), territórios indígenas, e outros limites geográficos (biomas, estados, bacias hidrográficas), além do histórico recente (2012 a 2017) nos mapas anuais de cobertura e uso da terra no Brasil do MapBiomas. Ou seja, é possível obter de forma rápida informações de desmatamento, seja a ação em uma propriedade particular ou em uma área protegida, se é ilegal ou se é a supressão natural da vegetação que o proprietário pode fazer, por exemplo.

O MapBiomas Alerta potencializa o uso e a eficácia dos alertas já gerados no país, portanto, não pode ser classificado como mais um sistema de monitoramento de desmatamento.

O sistema resulta de consultas com os órgãos governamentais usuários de sistemas de alertas de desmatamento – como o Ministério do Meio Ambiente (MMA), IBAMA, Serviço Florestal Brasileiro (SFB), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério Público Federal (MPF) e Tribunal de Contas da União (TCU) – e com os provedores de alertas, tais como: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON), Universidade de Maryland, Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (CENSIPAM) e o ISA (Instituto Socioambiental).

Os dados produzidos são públicos, gratuitos e podem ser acessados na plataforma: http://alerta.mapbiomas.org.

Método dos MapBiomas Alerta
Mensalmente são coletados todos os alertas de desmatamento gerados no Brasil para os quatro principais sistemas implementados: DETER/INPE (Amazônia e Cerrado), SAD/IMAZON (Amazônia), SIPAMSAR (Censipam) e GLAD/Universidade de Maryland (demais biomas).

Os alertas são avaliados para excluir falsos positivos e encaminhadas para a classificação supervisionada de imagens de satélites Planet de 3 m de resolução e frequência diária. O processo é feito com uso de algoritmos de aprendizagem de máquina (machine learning) por meio da plataforma Google Earth Engine, que oferece grande capacidade de processamento na nuvem.

Para realizar a validação e o refinamento dos alertas as equipes de programadores, especialistas de sensoriamento remoto e especialistas em conservação e uso da terra são organizados em equipes para cada bioma e suporte de tecnologia e sistemas.

Os alertas podem ser visualizados em diferentes mapas base, como em imagens de satélite, google maps e mapas anuais de cobertura e uso da terra do Brasil entre 1985 a 2017 do MapBiomas (Coleção 3.1).

O que é o MapBiomas
O Projeto de Mapeamento Anual da Cobertura e Uso do Solo do Brasil (MapBiomas) surgiu em 2015 com o objetivo de contribuir para o entendimento da dinâmica do uso do solo no Brasil e em outros países tropicais. É uma iniciativa que envolve uma rede colaborativa de especialistas nos biomas brasileiros, formada por mais de 20 membros, entre ONGs, universidades e empresas de tecnologia.

Desde 2015, desenvolveu uma metodologia rápida, confiável e de baixo custo para gerar mapas anuais de cobertura e uso do solo do Brasil, a partir de 1985 até os dias atuais.

A rede colaborativa é formada por:

Coordenação nos biomas:

  • Amazônia – Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (IMAZON);
  • Caatinga – Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Geodatin e Associação Plantas do Nordeste (APNE);
  • Cerrado – Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM);
  • Mata Atlântica – Fundação SOS Mata Atlântica e ArcPlan;
  • Pampa – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS);
  • Pantanal – Instituto SOS Pantanal e ArcPlan;
  • Zona Costeira – Solved e ITV;

Tecnologia: Google, EcoStage e Terras App.

Financiamento: Iniciativa Internacional de Clima e Florestas da Noruega (NICFI), Gordon & Betty Moore Foundation, Instituto Arapyaú, Children’s Investment Fund Foundation (CIFF), Good Energies Foundation, Instituto Clima e Sociedade (ICS), Instituto Humanize and Climate and Land Use Alliance (CLUA).

Parceiros Institucionais: Instituto Arapyaú, WRI Brasil, Instituto Democracia e Sustentabilidade (IDS), Fundação AVINA, The Nature Conservancy (TNC), Coalisão Clima, Floresta e Agricultura e WWF Brasil.

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