Atlas da Mata Atlântica

Sobre o atlas

A Mata Atlântica é mais que uma causa, é a razão de existir da Fundação SOS Mata Atlântica. Esse bioma sempre sofreu pressão por conta do povoamento e desenvolvimento baseado na exploração dos recursos naturais no Brasil, mas foi somente após 1990 que se conheceu a gravidade da situação dessa floresta.

Identificar, monitorar e manter atualizada a situação dos remanescentes florestais e áreas naturais da Mata Atlântica é a principal missão do Atlas da Mata Atlântica. Também contribui com a gestão ambiental e o aprimoramento da legislação e as políticas públicas voltadas para a conservação e a recuperação do bioma, a proteção da água, da biodiversidade e dos ambientes marinhos associados. Atualmente, a iniciativa monitora os 3.429 municípios da Mata Atlântica.

A iniciativa é realizada em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e tem execução técnica da Arcplan, além da participação de cientistas e ambientalistas. O patrocínio é do Bradesco Cartões.

Ao longo dos anos, o Atlas evoluiu com o avanço da tecnologia na área da informação e geoprocessamento, metodologia e qualidade das imagens de satélite.

Atlas é fundamental para o desenvolvimento de novos estudos e estratégias vitais para assegurar a proteção do bioma, tendo subsidiado, entre outras coisas, a construção e aprovação da Lei da Mata Atlântica e o compromisso assinado pelos secretários de Meio Ambiente dos 17 Estados da Mata Atlântica, que prevê o desmatamento zero e a ampliação da cobertura vegetal nativa.

Após dois períodos consecutivos de queda, aumentou o desmatamento na Mata Atlântica

A última edição do Atlas, relativa ao período de 2018 a 2019, revelou aumento de quase 30% no desmatamento da Mata Atlântica. A boa notícia é que Alagoas e Rio Grande do Norte conseguiram zerar desflorestamento; outros sete estados estão próximos de zero.

Foram desflorestados entre 2018-2019 um total de 14.502 hectares – um crescimento de 27,2% comparado com o período anterior (2017-2018), que foi de 11.399 hectares. O estudo teve execução técnica da Arcplan e patrocínio de Bradesco Cartões.

Mais uma vez o estado campeão de desmatamento foi Minas Gerais, que teve uma perda de quase 5.000 hectares de floresta nativa. A Bahia ficou em segundo lugar, com 3.532 hectares, seguido pelo Paraná, com 2.767 hectares. Os três líderes do ranking tiveram aumento de desflorestamento de 47%, 78% e 35% respectivamente, ao comparar com o período anterior. Já o quarto e quinto lugares da lista, Piauí e Santa Catarina, tiveram redução do desflorestamento em relação ao período 2017-1018 de 26% e 22%. Piauí somou 1.558 hectares desmatados e Santa Catarina 710 hectares.

Os desmatamentos seguem nas mesmas regiões de sempre. Vários desmatamentos foram observados em áreas interioranas e nos limites da Mata Atlântica com o Cerrado em Minas Gerais, na Bahia e no Piauí, além de regiões com araucárias no Paraná. Como são áreas já mapeadas anteriormente, os desmatamentos poderiam ter sido evitados com maior ação do poder público.

Os estados com desmatamento zero são Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e São Paulo. O Atlas mede desflorestamentos maiores que 3 hectares, portanto, em muitos estados que chegaram ao nível do desmatamento zero pode ocorrer o chamado efeito formiga, desmatamentos pequenos que o satélite não enxerga.

Os desmatamentos seguem nas mesmas regiões de sempre. Vários desmatamentos foram observados em áreas interioranas e nos limites da Mata Atlântica com o Cerrado em Minas Gerais, na Bahia e no Piauí, além de regiões com araucárias no Paraná. Como são áreas já mapeadas anteriormente, os desmatamentos poderiam ter sido evitados com maior ação do poder público.

Os estados com desmatamento zero são Alagoas, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e São Paulo. O Atlas mede desflorestamentos maiores que 3 hectares, portanto, em muitos estados que chegaram ao nível do desmatamento zero pode ocorrer o chamado efeito formiga, desmatamentos pequenos que o satélite não enxerga.

Confira a lista completa dos estados:

*A tabela indica os desflorestamentos, em hectares, somente das florestas nativas (sem contar outras classes, como vegetação de mangue e restinga), observados no período 2017-2018, com comparativo e variação em relação ao período anterior (2016-2017).

UMA SÃO PAULO regenerada

O Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica divulgou, em 2018, uma avaliação inédita da regeneração da Mata Atlântica.

O estudo identificou a regeneração de 219.735 hectares (ha), ou o equivalente a 2.197 km², entre 1985 e 2015, em nove dos 17 estados do bioma. A área corresponde a aproximadamente o tamanho da cidade de São Paulo.

Segundo os dados do Atlas, Paraná foi o estado que apresentou mais áreas regeneradas no período avaliado, num total de 75.612 ha, seguido de Minas Gerais (59.850 ha), Santa Catarina (24.964 ha), São Paulo (23.021 ha) e Mato Grosso do Sul (19.117 ha)

Confira na tabela abaixo a regeneração ocorrida nos nove estados avaliados.